Grão da Terra em busca das essências naturais

Grão da Terra - Sines
“Cada vez mais devemos incentivar e estimular as economias locais”

A Grão da Terra faz sabonetes diferentes dos outros, para já são naturais feitos com ervas e óleos biológicos através de processo tradicionais, são 100% vegetais sem corantes, conservantes ou detergentes.

Grão da Terra - Sines
“Cada vez mais devemos incentivar e estimular as economias locais”

Tudo começou no âmbito de um projecto mais abrangente com propósitos ecológicos chamado Trumbuctu – diário de uma horta. “Criei uma horta ecológica em 2006 e perante a necessidade de ter produtos biodegradáveis de higiene pessoal e limpeza doméstica comecei a fazer para mim os sabonetes,” explicou Paula Mendes a mãe da Grão da Terra.

Mas, foi em 2013 com as receitas apuradas que começou a fazer testes com ervas aromáticas. “Estas experiências foram partilhadas com um grupo restrito de amigos e a adesão foi boa, a partir daí decidi lançar-me no mercado.”

O nome Grão da Terra “foi o que fez mais sentido por trabalhar com a preservação de sementes, e resumir todo este projecto”,
sublinhou Paula Mendes. Também a postura no mercado “é um pouco diferente dos meus concorrentes, quero lidar directamente com o público porque assim as pessoas entendem melhor a abrangência do projecto.”

A venda é sempre feita do produtor para o consumidor em feiras, mercados e pela Internet. Os sabonetes são um produto cosmético e como tal têm de estar licenciados. Para Paula Mendes esse processo burocrático foi “duro e muito desgastante.” O
licenciamento passa pelo Portal Europeu de Cosmética e o INFARMED. A produção requer um espaço com as condições de higiene e segurança adequadas que têm de cumprir os regulamentos da ISO Internacional, e tem de ser assessorado por um técnico credenciado.

Artigo completo na edição em papel de 20 de Novembro de 2014, n.º 635