O Alentejo Litoral como uma realidade ou como muitas realidades?

Francisco Lobo de Vasconcellos

Francisco Lobo de VasconcellosPor Francisco Lobo de Vasconcellos, Arquitecto

Hoje em dia, nos tempos que correm, sente-se, cada vez mais, que a dimensão, o conjunto tem mais peso em tudo, mas em especial no que toca à visibilidade.

A nossa região, sendo um destino cada vez mais procurado, cada vez mais atractivo sob muitíssimos aspectos, só teria a ganhar se proporcionasse uma imagem mais coesa, mais global, com mais força, com mais oferta.

Somos uma região rica em património natural e cultural, gastronomia, empresas e serviços mas que, a maior parte das vezes, trabalhamos de costas voltadas, individualmente, cada um a puxar para o seu lado.

A região só teria a ganhar se pensasse e agisse mais globalmente, em rede, procurando potenciar as suas enormes mais valias, em conjunto.

Quantas vezes promovemos o estabelecimento A, ou o evento B, ou o monumento C, num concelho e no concelho ao lado está-se a fazer o mesmo, mas em direcção oposta?

Não se terá mais retorno se promovermos algumas destas iniciativas em conjunto?

Circuitos específicos (por exemplo os vestígios romanos, ou os castelos, arte sacra, etnografia), restauração temática, temas de agricultura, festivais, observação de aves e muitos mais.

Mas isto só se consegue, e se obtém retorno em visitas, e consequentemente em retorno financeiro, se alargarmos a área de actuação, se oferecermos aos visitantes uma experiencia alargada, uma visão ampliada.

Não faz sentido promovermos festivais que vão competir entre si, eventos desportivos no mesmo dia ou diferentes restaurantes que oferecem os mesmos pratos.

O artigo completo na edição em papel de 20 de Setembro de 2014, n.º 631