Workshop de sensibilização estudantil promovido pela APS, EGAPI e ETLA

Decorreu no pretérito dia 21 de junho, nas instalações da “aicep Global Parques”, em Sines, um workshop destinado à sensibilização dos estudantes de informática da Escola Tecnológica do Litoral Alentejano, que pretendam enveredar por uma carreira profissional ligada a esta especialização tecnológica.

A sessão organizada pela APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve, Egapi – Equipamentos e Gestão para Aplicações Industriais, Ldª e  ETLA – Escola Tecnológica do Litoral Alentejano, teve como finalidade o dar a conhecer aos possíveis interessados, algumas saídas profissionais futuras existentes na área de Sines.

As intervenções registadas foram basicamente efetuadas por elementos ligados à informática da APS e da Egapi, que expuseram a natureza das suas funções pessoais no seio de uma equipa que se dedica à criação de software operacional destinado à gestão da área portuária, mais concretamente ao programa informático em que assenta a Janela Única Portuária recentemente inaugurada no Porto de Sines.

Nesta sessão de apresentação, participaram igualmente três alunos da ETLA que já se encontram a colaborar, através de programas de estágio, integrados na estrutura produtiva do software recentemente posto ao serviço da APS.

Os alunos foram sensibilizados para um programa de estágio diferente do que é praticado ao nível do ensino oficial e que apresenta umas boas propostas de saída profissional com o aliciante da manutenção de uma futura atividade profissional na área do Complexo Industrial de Sines, área tão carenciada de quadros desta especialidade e de onde são oriundos a maioria dos alunos que frequentam a ETLA.

A este propósito ouvimos Joaquim Cruz, o CEO da Egapi: «… nesta área fizemos um grande investimento de que esperamos ser ressarcidos no futuro…».

Numa conversa que correu fluida, interveio Paulo Mesquita, docente da ETLA que nos referiu: «… a Egapi está a aproveitar as sinergias emergentes de uma situação que assenta em três pontos e que é ditada pelas condições específicas que se verificam na Área de Sines –  a falta de mão de obra especializada, o epicentro do desenvolvimento destas aplicações informáticas localizadas nesta área dado o estatuto que o Porto de Sines adquiriu no contexto nacional e não só e, recorrendo a uma formação específica transmitida através dos estágios facultados, conseguir uma mão de obra em condições mais favoráveis…».

Referindo-se ao historial da sua empresa no relacionamento com a APS Joaquim Cruz referiu: «… somos uma empresa que está a colaborar com a APS desde 2003, criámos uma delegação em Sines em 2012, delegação essa que está dotada de recursos para fazer face aos problemas surgidos no desenvolvimento das aplicações que se tornam necessárias à gestão de um grande porto. Como puderam constatar pelas intervenções ocorridas ao longo deste workshop, esta é uma atividade muito complexa e que requere uma absorção de recursos humanos que manifestamente não existem nesta região…».

O CEO da Egapi, continuando os seus considerandos sobre a real situação vivida no contexto nacional referiu ainda: «… a mim pessoalmente faz-me muita confusão porque é que nesta área todas as empresas e recursos humanos estão polarizados em Lisboa e no Porto.

Quando iniciei a atividade da Egapi e ao longo de todos estes anos, tenho enfrentado múltiplos desafios motivados pela descentralização que optei para a sede da empresa.

Analisando esta realidade de Sines optámos por aproveitar as sinergias ditadas pela natural radicação dos trabalhadores afetos à área de informática, aproveitar o conhecimento que eles já possuem sobre o tecido empresarial da região e ao facultar-lhes a necessária formação específica, sendo que estes fatores conduzem a uma obtenção de uma mão de obra mais barata…».

Durante a sessão ainda se verificaram umas intervenções por parte dos alunos assistentes que, tendo por base a experiência adquirida pelos seus colegas Tomás, Marisa e Bruno, indagaram os quadros presentes sobre as reais condições de acesso a esses estágios que poderão, no futuro, desembocarem num percurso profissional consistente e sem necessidade de se ausentarem da região onde estão radicados.