Opinião: Uns e outros, a forma de ser português

Opinião - João Pereira da Silva

Por João Pereira da Silva,

De vez em quando, dou comigo a tentar encontrar justificação para o código genético do “ser português”. As recentes notícias sobre as alegadas fraudes numa IPSS, o suposto escândalo de jogadores de futebol ligados a suborno para apostas, ou ainda os alegados negócios com os incêndios, parecem trazer ao de cima um dos lados negros do nosso ser. E curioso, boa parte de nós ainda se surpreende e reage como virgens ofendidas.

Não vimos já estas cenas, noutros filmes e com outros actores? Fizemos, colectivamente, algo para mudar? É verdade que estes não são casos de natureza exclusiva de um povo. Mas são seguramente, a provarem-se, casos miseráveis. Dirão alguns, é a natureza humana. E será isso uma fatalidade? Onde andamos todos nós para controlar? Ou já deixámos de ser Democracia?

Não me revejo em muito do comportamento colectivo e de certos valores societários do ser português. Contudo, reconheço aos portugueses, enquanto povo, características fantásticas e provavelmente únicas. E dessas eu gosto. Talvez por isso, os nossos “melhores” são os melhores em qualquer parte do universo.

Artigo completo disponível na edição em papel de 11 de janeiro de 2018, n.º 707