Seca: Há culturas de regadio em risco, mas abastecimento público está assegurado

A Barragem de Campilhas (3,7% da capacidade máxima), de Fonte de Serne (29,2%), as barragens de Pego do Altar (8%) e Vale do Gaio (11,6%) atingiram o nível de volume morto e não têm atualmente capacidade para abastecer agricultores.

As barragens de abastecimento agrícola do litoral alentejano estão ao nível de volume morto, o que coloca produções agrícolas de regadio que delas dependem em causa no próximo ano, caso a seca se prolongue. Alguns produtores de animais de Alcácer do Sal, Grândola e de Santiago do Cacém também estão com dificuldades, não só diretamente pela falta de água, mas também pela consequente falta de pastagens para o gado.

O abastecimento público está assegurado na região, garantem as autoridades, embora nas aldeias de Relíquias, Luzianes-Gare e Nave Redonda, no concelho de Odemira, a população já esteja a ser abastecida com reforço de água transportada em camiões-cisterna desde o início do verão.

A empresa Águas de Santo André, que gere o abastecimento público em Vila Nova de Santo André e na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), garante, num comunicado publicado no website oficial, que “o abastecimento de água não está em
risco”.

Segundo esclarece a empresa, “o abastecimento de água para consumo humano tem origem no Sistema Aquífero da Bacia de Sines, cujas capacidades de armazenamento e recargas anuais são muito superiores aos volumes nele captados, pelo que não existe qualquer risco de falha no abastecimento nem quebra de qualidade por motivos de escassez de água”.

Artigo completo disponível na edição em papel de 23 de novembro de 2017, n.º 704