Por Daniela Cardoso, na Suíça
-“Netinha, tenho uma surpresa para ti!”
-“O que é avó? Um ovo Kinder?!”
-“Hoje é outra coisa,…o teu mano nasceu!”
Acabava de ser invadida por uma felicidade enorme de gritar ao mundo o nascimento do meu mano. Corri para o quintal, “assaltei” a casa de todos os vizinhos da estrada do canal a chorar de alegria.
Após umas semanas, estava sentada numa carrinha para poder conhecer o meu mano, na Suíça. Com nove anos, chegava a um país diferente.
Cada vez que se abria a porta da carrinha para deixar uma família, eu espreitava lá para fora na esperança de ver a minha mãe, pai, mana e mano. Vi um manto branco. Tudo era branco! Feria-me os olhos, era neve, queria pegar. Senti o vento frio e o silêncio das pessoas. Da janela olhava as montanhas e perguntava se seria ali que morava a Heidi.
O artigo completo pode ser lido na edição em papel de 23 de fevereiro de 2017, n.º 687