Opinião: Passámos a ter “azeitonas de oliveiras aprisionadas”

Ana VidalPor Ana Vidal,

É do conhecimento geral que a biodiversidade da Terra está agora mais ameaçada que em qualquer outro período histórico.

Esta situação, que é um fenómeno global, verifica-se também em Portugal, onde ameaça a particular riqueza do nosso património natural. Segundo a Agência Europeia do Ambiente, este declínio da biodiversidade na Europa ficará a dever-se, essencialmente, às modernas formas de intensiva utilização agrícola e silvícola do solo, à fragmentação dos habitats naturais por força de urbanizações e diversos tipos de infra-estruturas, à exposição ao turismo de massas, bem como aos efeitos da poluição de componentes ambientais como a água e o ar.

A redução da diversidade biológica é essencialmente resultante da acção directa ou indirecta do Homem, que muitas vezes
se mostra incapaz de promover uma utilização dos recursos biológicos que garanta a sua perenidade. Esta situação tem profundas implicações, não só de natureza ecológica mas também no plano do desenvolvimento económico e social, atendendo ao valor que estes recursos representam em termos económicos, sociais, culturais, recreativos, estéticos, científicos e éticos.

Artigo completo na edição em papel de 19 de maio de 2016, n.º 670