Na 16.ª edição da Mostra de Teatro, a companhia de V. N. de Santo André voltou a surpreender-nos com mais uma peça incrível e espontânea.
Tendo sido produzida e encenada com o Colombiano Juan Carlos Agudelo Plata (que anteriormente havia feito formações de teatro por cá), presente e necessário, um pequeno grupo de incríveis participantes da Associação Juvenil de Amigos do Grupo Amator de Teatro de Santo André (AJAGATO) deixa-nos a desejar por mais, fazendo suster a respiração indivíduos com idades que abrangem os sete e os noventa e nove anos.
Uma peça magnífica, que nos deixa de modo simples e delicado a pensar na vida dos quatro protagonistas, personagens essas que se sentiam só e com necessidade de encontrar a sua “casa” de volta; românticos incuráveis que se refugiavam nas palavras que os sucumbiam e os atormentavam ou deliciavam; ou que eram a todo o custo obrigados a ser algo que não desejavam, tentando de modo desesperado arrancar essa pele de cima deles antes que fosse tarde de mais para voltar a ser quem eram; ou até mesmo que apenas desejavam ser crianças durante um indefinido espaço de tempo, voltando à inocência despreocupada e curiosa dos primeiros anos de vida do ser Humano.
Artigo completo na edição em papel de 06 de agosto de 2015, n.º 652