José Claro
O Município de Sines, tendo como principal parceiro o INATEL e como principal patrocinador a GALP, recebe no seu seio de 20 a 27 de julho, mais um Festival Músicas do Mundo, que este ano comemora o 24º aniversário da sua realização.
Como vem sendo hábito, coube à Freguesia de Porto Covo, receber os primeiros espetáculos, bem como os primeiros dos muitos visitantes que por estas alturas demandam Sines em busca de um encontro, para muitos, reencontro com as músicas que se fazem por esse mundo fora.
Este ano não fugiu à regra, e a pacata Porto Covo foi como que tomada de assalto pela tribo festivaleira que faz questão de reservar os finais de julho para reencontros das amizades feitas em edições anteriores.
Pelo palco INATEL, montado em pleno Largo Marquês de Pombal, pontualmente, começaram a desfilar os primeiros acordes desta XXIV edição do FMM.
Em nove concertos levados ao palco nas primeiras três noites do Festival, assistimos ao desfilar de criações artísticas oriundas de Portugal, Mali, Brasil, Colômbia, Tanzânia, Bélgica, Argentina e Suécia, sendo que o nosso País bisou na subida ao palco.
Pela heterogeneidade de estilos, tipos de música interpretados e qualidade dos intérpretes que se exibiram, poderemos considerar esta primeira abordagem ao FMM XXIV, como um enorme sucesso, deixando antever mais um ano em que o festival concebido pelo seu criador, Carlos Seixas, irá certamente conquistar múltiplas provas de reconhecimento além-fronteiras, como aconteceu nas anteriores edições levadas a palco.
Enquanto realização pública de grande vulto, terá de ser referida a envolvência humana durante os dias em que decorre o certame e que arrasta consigo ‘gentios das sete partidas’, como diria o poeta, proporcionando uma troca de saberes e de que é exemplo, a mostra, no campo das artes ditas de rua.
Para esta permuta de saberes e vivências, em muito contribui a feira de artesanato e certos suportes de fornecimento de alimentação, centrados na feira instalada junto ao Largo onde se desenrolam os espetáculos, bem como ao longo das ruas circundantes que fervilham de atividade e onde se podem encontrar músicos tentando serem vistos por quem de direito e assim conseguirem, quem sabe, um contrato para estarem presentes no próximo festival, bem como tatuadores e manufatores de tererés, que passam a enfeitar as cabeças das camadas mais jovens.
Igualmente de referir os ocasionais executantes das mais variadas artes circenses, em busca de alguma generosidade dos passantes e que contribua para a subsistência dos exibicionistas.
O FMM, representa como que um abanão veraneante na pacatez de todos aqueles que por estas alturas buscam o descanso e retempero das forças após mais um ano de trabalho, e que inadvertidamente são contagiados pelos salpicos oriundos do ‘splash’, que este festival origina no quotidiano da pacata Freguesia.
No próximo dia 23 de julho, o festival muda-se de armas e bagagens para a cidade de Sines, espraiando-se pelos palcos GALP, montados no Castelo e na Avenida Vasco da Gama.
Paralelamente desenrolar-se-ão inúmeras atividades que têm por objetivo a cultura e o lazer de todos os escalões etários, garantindo assim um ambiente familiar a este festival.
O certame finaliza a 27 de julho.
Leme 858