Temos uma grande responsabilidade

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz por ocasião da conclusão dos trabalhos da COP 28

Depois de um longo e difícil processo negocial – que é bem o testemunho da dificuldade que ainda existe em nos comprometermos com a construção do bem comum – foi possível chegar a um princípio de acordo na COP 28 que, se bem não tenha ido tão longe quanto desejaríamos, não pode deixar de ser saudado como muito positivo.

Mais do que discutir o que poderia ter sido alcançado e não foi, agora é o momento de começarmos a traduzir em decisões e gestos concretos o que foi acordado. Esse parece-nos ser, aliás, um dos critérios mais certeiros para se poder avaliar a importância que este encontro terá para o futuro que estamos a construir.

Nesse sentido, a Comissão Nacional Justiça e Paz interpela todos os cidadãos a que, na medida das suas possibilidades, possam assumir a parte que lhes compete, em ordem a podermos encarar, de um modo responsável, os desafios que enfrentamos, estando sempre atentos aos mais frágeis.

A necessidade de mudança nos estilos de vida, dando lugar à sobriedade e promovendo o exercício do cuidado da casa comum, revela-se fundamental neste caminho. A resposta articulada ao nível das nações é indispensável, e tem de ser exigida por parte de todos os cidadãos, mas não chega, devendo ser complementada e incentivada pelo compromisso de cada um.

No cumprimento da nossa missão, fazemos ecoar o apelo que o papa Francisco fez no início deste encontro: “Com veemência, vos peço: escolhamos a vida, escolhamos o futuro! Escutemos os gemidos da terra, dêmos ouvidos ao grito dos pobres, prestemos atenção às esperanças dos jovens e aos sonhos das crianças! Temos uma grande responsabilidade: garantir que não lhes seja negado o próprio futuro”.

Esse é também o apelo da Comissão Nacional Justiça e Paz. Esse é o compromisso que assume.

Leme site