Fátima Moita
O Agrupamento 581 está de parábéns. Ao longo de quatro décadas e meia, o Agrupamento 581 do CNE tem desempenhado um papel fundamental na vida de muitos jovens contribuindo para a sua formação integral, baseada em valores como solidariedade, responsabilidade, respeito pela natureza e cidadania ativa, proporcionando-lhes experiências enriquecedoras e oportunidades de crescimento pessoal.
Durante estes 45 anos, o Agrupamento realizou inúmeras atividades, como acampamentos, trilhas, serviço comunitário e formações, sempre com o objetivo de formar cidadãos conscientes e comprometidos com o bem-estar da sociedade. Além disso, os escuteiros do Agrupamento CNE 581 têm contribuído para a comunidade local, promovendo ações solidárias e participando em projetos que visam melhorar o ambiente e a qualidade de vida.
No dia 13 de abril, foi dia de festa para celebrar as quatro décadas e meia de existência e para comemorar e honrar a sua história e os valores que o nortearam ao longo dos anos, o dia especial foi marcado por três momentos significativos: Eucaristia, homenagem aos Chefes e um almoço convívio.
A Eucaristia, celebrada na Paróquia Santa Maria, em Vila Nova de Santo André, presidida pelo Padre Abilio Raposo, estiveram presentes os membros do Agrupamento para uma Missa de agradecimento. Após a celebração houve a homenagem aos Chefes que passaram por este Agrupamento, recordando todos os líderes que moldaram este Agrupamento. Desde os primeiros chefes até aos atuais, cada um contribuiu com sua visão, paixão e compromisso. Após a homenagem seguiu-se um almoço convívio em que escuteiros e conviados partilharam histórias, risadas e lembranças.
Para nos falar um pouco dos 45 anos de histórias e aventuras, pedimos a alguns elementos do Agrupamento que nos respondessem a algumas questões:
Leme – Quando é que o Agrupamento foi fundado e quem foram os seus fundadores?
João Capote – “O agrupamento foi fundado em 1978, no mês de Abril, sendo os seus fundadores a família Ferrinho…“.
L- Quais foram os primeiros desafios enfrentados?
Pioneiro – Diogo Santiago – “Os primeiros desafios encontrados foi a procura de uma sede física, sendo que o primeiro espaço físico encontrado para as várias ações do Movimento, foi dentro da casa dos Padres, no Bairro da Lagartixa…”
L – Qual a Missão do Agrupamento em relação à formação de jovens cidadãos?
Pioneiro – Diogo Santiago – “…acho que o Agrupamento me ajudou a desenvolver-me numa pessoa mais criativa e mais interativa. Ensinou-me a não ter vergonha de comunicar as minhas ideias e também saber respeitar e ouvir as ideias dos outros. Hoje em dia sou mais independente, e adquiri várias características próprias de um escuteiro, como gostar de trabalhar, brincar, gostar imenso de jogos. E ser aberto com as outras pessoas, que acho ser uma capacidade que falta a muitos jovens hoje em dia, que é a capacidade de se expressar livremente em frente a um público, que é uma skill que me vai dar bastante jeito no futuro…”
L – Quais momentos marcantes que acompanharam o Agrupamento nestes 45 anos?
Licínio Dinge Cruz – “Na verdade, não existe só um momento que pertence ao Agrupamento, todos os momentos que existiram, eu digo sempre a todos os que foram meus escuteiros, dando sempre o exemplo da Torre eiffel. Para manter toda aquela estrutura unida, é preciso um objeto, muito pequeno, que se chama um rebite, e este Agrupamento é feito de todos esses rebites. O Agrupamento é como se fosse a Torre eiffel, mas aqueles rebites são todos os momentos em que vocês vão vencendo algo, em que nem seja de vocês mesmos, por isso é que se adotou o lema de ser sempre melhor do que ontem. Não temos de ser melhores que os outros, temos de ser melhores do que aquilo que éramos ontem.
L – Quais momentos marcantes que acompanharam o Agrupamento nestes 45 anos?
Licínio Dinge Cruz – “… E esse é que é o momento importante de todos, não tem have com um momento importante para o Agrupamento, mas sim para cada um de vós que cá está hoje, que um dia provavelmente chegará ao papel de dirigente, ou até mesmo Chefe de Agrupamento como o Célio Santiago ou a Ana Nunes. É por isso, que a gente cá está é para que vocês tenham esses momentos e consigam viver estas aventuras todas, para que todos vós possam evoluir de uma Lobito /Explorador até chegar a chefe de agrupamento.(…) Dando o exemplo também da jangada, dos pioneiros que foi construída já há bastantes anos, e que a evolução da jangada da primeira geração para agora é uma diferença abismal! É por isso, que é incrível acompanhar o quão o agrupamento vai evoluindo e o quanto as gerações futuras aprendem com os ensinamentos dos mais velhos…”.
L – Quais os acontecimentos significativos, como acampamentos, promessas de chefes, comemorações de aniversário do Agrupamento ou outras experiências que tenham marcado o Agrupamento?
Beatriz Baltazar e Bernardo Cruz – “Existem vários acontecimentos em atividades que no caminho começam logo a correr mal, e aqueles momentos que começam logo com bastantes percalços, que acho que são os que marcam mais toda a gente(…) por exemplo nós fomos a uma atividade náutica, o Down River, e no caminho para lá a nossa carrinha simplesmente deixou de funcionar… então logo no caminho para lá já estava tudo a correr mal, mas acho que o agrupamento é feito desses momentos que depois ficam para contar, portanto até esses momentos menos bons, são importantes, fazem de nós muito especiais (…) mas todos os aniversários e comemorações em que todas as gerações se reúnem são muito giros e significativos…”
L – Como o Agrupamento evoluiu ao longo dos anos?
Pioneiro – Samuel Cruz – “Na minha opinião acho que evolui bem, em todas as gerações todos nós trabalhos em prol dos nossos objetivos, digo eu sendo pioneiro que o nosso canto da sede está repleto de troféus e prémios de todas as aventuras que as equipas antes da minha viveram, e todas elas conseguiram alcançar todos os seus objetivos. É como os meus dirigentes dizem se nós quisermos vamos à lua…”
L – Qual é o papel do escutismo na sociedade?
Dirigente – Maria da Paz – “Eu penso que os miúdos aprendem muitos coisas que lhes servem para uma vida inteira, eu já com estas idade ainda aprendo com os miúdos, ainda uso ensinamentos que o escutismo me deu…”
L – Quais os objetivos futuros? Que planos para continuar a servir a comunidade e formar jovens comprometidos?
Dirigente – Cláudia Loução – “Os planos acho que vai ser continuar do que se tem feito até agora, sempre com a intenção de integrar os jovens da melhor maneira e servir a comunidade…”
L – Balanço destes 45 anos?
Caminheiro – Afonso Santos – “O mais importante disto tudo é haver escuteiros, e haver pessoas com vontade, e haver dirigentes que também consigam dar asas aos sonhos destes escuteiros. Para o Agrupamento já ter 45 anos temos de ter escuteiros, temos de ter dirigentes e temos de manter isto contínuo, temos de continuar a fechar este ciclo e acho que isso é o principal. Acredito que se até agora, nestes 45 anos, conseguimos fazer o que fizemos, nos próximos 45 anos vamos conseguir fazer muito mais… sempre com altas expectativas”.
L- Mensagem se quiser deixar...
Cerina Brás – “Ser escuteiro é bastante gratificante, é uma aprendizagem diferente, e acho que todos devem participar” .
Lobito
L – Qual é o lema dos lobitos e o que significa para ti? O que já aprendeste?
Alicia, 7 anos – “O Lobito escuta a Àquela. Aprendi a ficar sem os meus pais, a minha parte preferida é acampar, e fazer as atividades com os meus outros amigos…” .
Explorador
L – Qual é o significado da tua promessa escutista? Partilha uma experiência em que aplicaste a Lei Escutista?
Laura, 13 anos – “A minha promessa foi um compromisso, Eu queria ser escuteira e prometer dar o melhor de mim. Aprendi a gostar de lavar a loiça nos escuteiros, e agora ajudo mais a minha mãe…”.
L – Quais são os valores fundamentais do escutismo e como os aplicas na tua vida diária?
Pioneiro
Tomás Serrão, 16 anos – “Um dos valores essenciais que eu aprendi aqui foi o trabalho em equipa, hoje em dia quando faço trabalhos de escola é bastante mais fácil, porque já tenho esta base. Outro valor que eu carrego sempre comigo, é o de praticar uma boa ação diariamente, as mínimas coisas que nós fazemos, podem mudar muito o dia dos outros…”.
Caminheiro
L – Como podes contribuir para a comunidade local através de um projeto do Agrupamento?
João Viegas. 21 anos – “Um projeto de agrupamento como um todo pode ajudar a comunidade, não só divulgando o movimento, como está a ser feito hoje com a comemoração dos 45 anos, mas também no auxilio e renovação de alguns espaços, como por exemplo a Igreja. Atividades como já foi feito nas escolas, como já demos a conhecer o escutismo nas escolas, acho que isso são tudo boas maneiras de darmos à comunidade…” – João Viegas. 21 anos
O Jornal “O Leme” deseja que esses 45 anos sejam apenas o começo de uma jornada contínua de aprendizagem, amizade e serviço! Parabéns ao Agrupamento CNE 581 por essa trajetória inspiradora!
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