Marco Ferreira: “Estamos frustrados e desiludidos com a nossa prestação no Algarve!”

Um problema elétrico no Citroen Saxo colocou a dupla Marco Ferreira/Edgar Gonçalves fora de prova, logo na 3ª classificativa do Rallye Casinos do Algarve.

O piloto de Santiago do Cacém e o seu navegador Edgar Gonçalves apresentaram-se à partida do Casinos do Algarve cientes de que iria ser “uma prova diferente das outras provas que compõem o Campeonato Start Sul de Ralis, com mais de 100kms de troços em terra e quase 500kms de ligações, com 78 inscritos nos diversos campeonatos. Apesar de termos um objetivo ambicioso para o Campeonato queríamos, acima de tudo,  fazer a prova sem problemas e pontuar”.

A abrir o rali, a dupla enfrentou a Super Especial noturna no centro da Cidade de Lagos, conseguindo o 5º melhor tempo entre o plantel do Start Sul, liderando logo a classe.

“Foi um bom arranque. Estava uma multidão a ver e correu-nos bem. Percebemos de imediato que este novo motor, apesar de mais potente, tem uma faixa de utilização diferente do anterior, o que nos deixou com a convicção que poderíamos ter feito melhor”.

O longo dia de sábado contemplava 2 passagens por 4 troços extremamente duros. A equipa alterou o setup do carro e escolheu um tipo diferente de pneus, levando, à cautela, dois suplentes.

Marco Ferreira e Edgar Gonçalves, a exemplo de grande parte da caravana, não fariam a 1ª passagem por Silves, pois o troço neutralizado, tendo depois de aguarda rapidamente mais de uma hora até que a prova fosse retomada.

“A organização, no nosso intender deixou muito a desejar, quer pelos horários quer pelas decisões dos comissários desportivos”.

Mas, foi com foco e determinação que Marco Ferreira arrancou para os 12,11 km de Perna Seca 1, só que, uma vez mais, a sorte nada quis com as justas pretensões da equipa: “arrancámos bem, mas com cautelas, a tentar reaprender o carro e a condução nestes pisos.  Cerca do quilómetro 5 km senti que algo não estava a 100%. O motor começou a falhar de forma intermitente e ao quilómetro 9 a falha era tal que nos vimos forçados a parar, aparentemente com problemas elétricos. Foi mais um balde de água fria!”.

Marco Ferreira não esconde a desilusão: “Voltar a abandonar um rali desta maneira é algo nos deixa frustrados e desiludidos com a nossa prestação, e ficou uma vez mais provada a enorme importância que têm os testes pré-corrida, os quais não conseguimos fazer por dificuldade em encontrar locais seguros e em condições de os fazermos”.

O piloto quer agora “virar a página rapidamente e preparar da melhor forma o rali de Portimão. Foi bom voltar a ver mutos amigos e um parque de assistência repleto de grandes equipas, pilotos e carros do melhor que há em Portugal. Um agradecimento ao Edgar Gonçalves e ao Marcilio Martins, e em especial às nossas famílias e aos nossos patrocinadores, que acreditam no nosso projeto”.