BE questiona Governo e CIMAL sobre aplicação do Fundo de Transição Justa

A Concelhia do Bloco de Esquerda (BE) de Santiago do Cacém, exigiu do Governo e da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) “respostas e garantias concretas sobre a aplicação dos 100 milhões de euros destinados a minimizar os efeitos sociais resultantes do encerramento da Central” Termoelétrica de Sines.

Em comunicado, o BE exige saber se o Governo garante que apenas apoiará projetos e indústrias ambientalmente limpas e quais as garantias de emprego sem perda de rendimentos para os trabalhadores afetados pelo encerramento da Central a carvão de Sines.

Para a Concelhia do BE é importante saber se os “trabalhadores afetados vão ter prioridade nos novos empregos criados e que parte do fundo de Transição Justa de cerca de 100 milhões de euros vai ser direcionado para a produção pública de energia renovável por parte dos Municípios envolvidos”.

No documento, os bloquistas lembram que o encerramento da Central Termoelétrica de Sines “lançou mais de 200 trabalhadores de prestação de serviços no fundo de desemprego, com promessas de requalificação profissional e novos empregos que viriam, nomeadamente os milhares anunciados com os novos investimentos, como o “hidrogénio verde””.

“Hoje podemos ver como grande parte dos trabalhadores ficaram para trás. Apenas poucos continuam em formação, com o subsídio de desemprego a expirar. A situação só não foi mais grave devido à intervenção e determinação do Sindicato maioritário de então”, lê-se no comunicado.

 Helga Nobre