Internacionalização das Estações Náuticas do Alentejo criou “rede interna” de produtos para competir a nível mundial

O Diretor do Sines Tecnopolo, Tiago Santos, considerou que o projeto de internacionalização das Estações Náuticas do Alentejo permitiu criar “uma rede interna” de produtos turísticos que pode competir a nível mundial.

O responsável falava aos jornalistas à margem da sessão de encerramento do Projeto “Internacionalizar+ Estações Náuticas do Alentejo”, que se realizou no Centro de Artes de Sines.

“Os resultados concretos deste projeto só se vão sentir na próxima estação de verão porque a promoção que fizemos nos mercados externos só vai fazer com que os nossos produtos sejam integrados nos catálogos na nova estação”, afirmou.

Num balanço do trabalho efetuado ao longo deste ano, o Diretor do Sines Tecnopolo explicou que foi possível criar “uma rede interna das seis estações náuticas que possibilitou uma relação muito próxima entre os atores”.

“Este tipo de relação é muito importante e dou o exemplo de futuras visitas de outros agentes de turismo ao Alentejo que serão coordenadas entre as estações náuticas para conseguirmos ter uma oferta agregada que permite competir a nível mundial no que ao turismo náutico diz respeito, assim como na atração de turistas”, adiantou.

Questionado sobre a dificuldade de comunicação com os empresários, uma das questões referidas na conferência de encerramento do projeto, Tiago Santos reconheceu alguma complexidade, tratando-se de “uma rede com cerca de duas centenas de empresários”.

“Estamos a conseguir trabalhar em conjunto com todos, mas passar a informação e coordenar 200 empresários não é para nós uma dificuldade, mas antes um desafio que temos de ultrapassar”, defendeu.

Assumindo a aposta das estações náuticas nos mercados da Escandinávia, Reino Unido e Espanha, o responsável estima que, a partir do próximo inverno, “o número de dormidas de turistas oriundos destes países atinjam números significativos”.

“Estamos a falar de quase 250 mil euros em dormidas adicionais no Alentejo este ano de retorno do investimentos que fizemos. Só estas dormidas já são quase tanto como o investimento do projeto e, como tal, só podemos dizer que é um sucesso e só faz sentido mantê-lo e melhorá-lo”, concluiu.

Em 2023, além da internacionalização, as Estações Náuticas vão apostar na sua promoção no mercado nacional e na estruturação de “produtos conjuntos que agreguem os empresários de cada região”.

O projeto Internacionalizar + Estações Náuticas do Alentejo, desenvolvido ao longo dos últimos meses pelo Sines Tecnopolo e a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL), com a parceria dos Municípios de Alandroal, Avis, Moura, Odemira, Reguengos de Monsaraz e Sines, conta com o cofinanciamento do ALENTEJO 2020 | Portugal 2020.

O projeto tem como objetivo central potenciar o sucesso da internacionalização dos bens e serviços produzidos na região do Alentejo.

Helga Nobre