A ligação ferroviária de alta velocidade entre Sines e Badajoz é considerada, por muitos, como fundamental para o transporte de mercadorias do porto de Sines para a Europa, e para o desenvolvimento da Região e do País.
Nesta reivindicação, poder-se-á dizer que há um consenso alargado entre economistas, políticos, autarcas e restantes cidadãos, incluindo os do Alentejo Litoral, onde Grândola se inclui.
Mas este consenso quebra-se quando se trata de definir o traçado da via. Para as populações, a maioria dos autarcas do Litoral Alentejano e as associações ecologistas (e outras), o único traçado aceitável é o que passa pelas Ermidas, aproveitando o corredor existente. Este seria, tudo o indica, em termos financeiros, humanos e ambientais, o que menor impacto negativo iria provocar.
Mas o que se afigura evidente para o cidadão comum, não o é para alguns “iluminados” políticos e tecnocratas. Não é que, no bestunto desta gente, brilhou a ideia de rasgarem uma via Sines-Relvas Verdes-Melides-Grândola Norte (com cerca de 40 Km de comprimento e 400 m de largura)?
Em vez de seguirem a via existente, Sines Ermidas, que bastará adaptar às exigências das novas composições, não é que desejam estraçalhar uma paisagem preservada com perto de 150 mil hectares?
Artigo completo na edição em papel de 24 de setembro de 2015, n.º 654