A Casa Comum é o planeta

Na continuidade da reflexão do último jornal em que fomos levados a olhar para os nossos vizinhos e o que isso implica, hoje quero convosco caminhar um pouco para mais longe. Quero levar-vos a uma outra dimensão, ir mais longe. Além do nosso alcance. É necessário levantar a cabeça e olhar para mais longe, porque não podemos ficar por aqui. O nosso quintal não é o mundo. Pode ser o meu mundo, mas não é o mundo das pessoas e dos acontecimentos. Esse passa muito para além do meu quintal. Cada um de nós tem de se sentir membro do mundo e responsável pelo mundo. O planeta é a Casa Comum de todos nós. Todos fazemos parte do mundo. Se algo acontece num lugar eu também sentirei que o mesmo me pode acontecer, então é necessário estar atento e procurar auxiliar o que precisa. Proteger o planeta é tarefa de todos, porque todos aqui vivemos e como o tratamos assim o teremos no futuro. Se olhamos para países longínquos onde a degradação da natureza é feroz, onde a poluição é avassaladora, então eu terei que remar contra a corrente e ajudar a recuperar. Não é destruindo mais, que posso ajudar a tomar consciência da degradação do planeta. Não é destruindo o património cultural e edificado que chamo a atenção para o mal que existe no mundo. É sempre pela positiva que se constrói e se caminha para o Bem. Porque quando ameaço o outro só vou criar inimizades e não junto comigo defensores do meio ambiente. Quando vejo ambientalistas a destruir o património para reivindicar o fim da poluição, fico mais triste e não me apetece defender essa causa. Porque esse é o caminho que percorrem os senhores da guerra e as causas que defendo são de Paz e harmonia.  Tudo o que implica destruir e maltratar o bem comum não terá o meu apoio. Defendamos o Planeta porque ele é a casa de todos nós. E tenhamos cuidado para não usar da violência porque ela puxa violência.

 

20/05/2024

Abílio Raposo

Leme 854