Prata da Casa: “A medicina foi uma vocação inesperada”

Prata da Casa: Dr. Campos

Ir para medicina foi quase uma decisão do “momento, embora sentisse vocação, nada teve a ver com a minha família aliás os meus pais nem sabiam das minhas intenções.

O apoio médico à periferia no concelho de Sines foi o motivo que trouxe o médico João Campos à região e o fez ficar há mais de 30 anos |Foto: Gisela Benjamim|
O apoio médico à periferia no concelho de Sines foi o motivo que trouxe o médico João Campos à região e o fez ficar há mais de 30 anos |Foto: Gisela Benjamim|

Na altura vivia em Moçambique, na cidade da Beira, e fiz 1200 quilómetros para me inscrever na universidade em Lourenço Marques (Maputo). O meu pai pensava que me tinha inscrito em engenharia, foi uma surpresa,” lembra João Campos.

Salientando que há muitos aspetos na engenharia que também o interessam hoje, “até porque a minha atividade médica esta ligada à medicina do trabalho e como tal tenho de conhecer, embora de forma superficial, o trabalho dos engenheiros.”

O curso é terminado em Portugal. A 31 de Dezembro de 1975 deixa Moçambique “com a mala cheia de livros lá vim eu, fiz a passagem de ano a bordo do avião. Deixei a minha mulher lá, tínhamos casado há um ano, pois ela trabalhava como assistente de biologia na universidade e teve de cumprir os compromissos que tinha.

Artigo completo no jornal impresso de 17 de março, n.º 666