Construir a paz

Opinião - Vitalino Dantas

Opinião - Vitalino DantasPor Vitalino Dantas, Bispo de Beja

No dia 6 de junho reuniram-se muitos chefes de estado a nível mundial na Normandia, França, para comemorar o 70º aniversário do famoso dia D, em que as tropas dos aliados contra as tropas do nacional socialismo de Hitler desembarcaram nessa parte da Europa, começando aí o início do fim da segunda guerra mundial, mas à custa de milhares de mortos, de ambas as partes.

Foi um dia histórico para a construção duma Europa democrática e livre, mas à custa de muitas vidas. Nunca agradeceremos suficientemente essas vidas que possibilitaram a paz para nós.

Mas a história não se faz apenas de memória do passado. É preciso lançar fundamentos e construir pontes em ordem a um futuro de paz, de progresso e de harmonia entre todos os países e pessoas. Sob os escombros da segunda guerra mundial, três grandes homens começaram a lançar essas bases sólidas: Adenauer, da Alemanha, De Gaspari, da Itália e Schuman, luxemburguês radicado na França. Foi este último que lançou a ideia da união europeia a partir do controle da produção do carvão e do aço, para evitar a construção de armas de guerra. Rapidamente aderiram vários países do centro da Europa e hoje são já 28.

A ideia fundamental foi a construção de uma Europa de paz, para que nunca mais fosse pela guerra fratricida a solução dos problemas entre os países.

O artigo completo na edição em papel de 20 de Junho de 2014, n.º 626