Moradores desesperam com conclusão de obras na zona de Brescos

Os moradores da zona de Brescos, na freguesia de Santo André, estão descontentes. As obras, que arrancaram “perto do Natal” do ano passado, para enterrar cabos de eletricidade, esventraram todo o passeio, numa extensão de cerca de um quilómetro, impedindo a “circulação pedonal”.

A situação arrasta-se há vários meses e apesar dos contactos efetuados pelos moradores junto da empresa EDP, responsável pela obra, não obtiveram resposta.

“Temos as vias em terra, assim como os acessos às garagens de cerca de nove habitações porque [os trabalhadores] arrancaram a pedra [do passeio] que segue até à lagoa, numa extensão de quase um quilómetro” deixando o local “completamente arrasado”, disse ao jornal O Leme, Gonçalo Batista, um dos moradores.

Cinco meses depois do início das obras, “que tiveram uma duração máxima de quatro dias”, os acessos às habitações e a circulação pedonal continuam a ser um transtorno para os moradores.

“Abriram uma vala, passaram uns tubos, colocaram os cabos e depois não concluíram o pavimento”, explicou o morador.

Esta situação “afeta toda a circulação pedonal naquela zona, porque as pessoas só conseguem andar junto à estrada ou por cima do buraco que foi aberto”, mas que, entretanto, “foi tapado com terra”.

“Temos areia por todo o lado, no passeio, nas estradas, a entrar para dentro de casa”, lamentou.

O morador diz que “a dona da obra é a EDP”, mas que a Câmara Municipal de Santiago do Cacém “também já foi notificada e conhece a situação” e exige que “seja reposta a normalidade”.

Fonte da EDP avançou que ainda esta semana será colocada uma equipa no local para repor a situação, assegurando que os passeios ficarão transitáveis e garantindo a mobilidade dos residentes.

Helga Nobre