Movimento critica Ministro do Ambiente por visitar Odemira e deixar de fora “cidadania”

Helga Nobre

O Movimento Juntos Pelo Sudoeste lamentou não ter sido ouvido pelo Ministro do Ambiente na visita que Duarte Cordeiro efetuou, no passado dia 01 de março, ao Concelho de Odemira, considerando que “a cidadania” ficou “fora da agenda” política.

O “Movimento lamenta que a cidadania tenha sido deixada de fora da agenda desta visita e que não tenha sido ouvida pelo governante, apesar dos pedidos efetuados tanto ao gabinete do Ministro, como ao Município de Odemira”, refere o Juntos Pelo Sudoeste (JPS), num comunicado.

De acordo com o Movimento, na deslocação que efetuou ao território, Duarte Cordeiro, “esteve reunido com várias entidades, entre as quais representantes do poderoso agronegócio do Sudoeste de Portugal”.

O Grupo de cidadãos aludiu a uma reunião dedicada à gestão da água em Odemira e que se realizou no âmbito da deslocação do ministro do Ambiente e da Ação Climática ao concelho alentejano.

Na sua página na rede oficial do Facebook, no dia 9 de março, e em comunicado enviado, um dia depois, aos jornalistas, a Câmara de Odemira divulgou a visita do Ministro, que esteve acompanhado pelos Secretários de Estado do Ambiente e da Conservação da Natureza e Florestas, Hugo Polido Pires e João Paulo Catarino, respetivamente.

A visita incluiu vários momentos, nomeadamente a reunião com entidades públicas e privadas, em que foi apresentado um estudo sobre “Critérios de salvaguarda da disponibilidade de água para abastecimento humano a partir da albufeira de Santa Clara” e abordadas questões como a diversificação de fontes de água para regadio, através da dessalinização ou de transvase, explicou a Autarquia.

Agência Portuguesa do Ambiente, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Águas Públicas do Alentejo, Associação de Beneficiários do Mira, Associação dos Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur e Lusomorango foram algumas das entidades presentes.

Para o JPS, “as opiniões e preocupações dos cidadãos, movimentos, organizações e associações também devem ser ouvidas e tidas em consideração neste momento de inflexão que a região atravessa”.

Texto completo Jornal “O Leme” nº 827 de 16.03.2023