Projeto para Central Fotovoltaica no Cercal do Alentejo em consulta pública

O projeto de uma nova Central Fotovoltaica e de uma Linha de Muito Alta Tensão (LMAT), na Freguesia de Cercal do Alentejo, Concelho de Santiago do Cacém, um investimento de 158,2 milhões de euros, está em consulta pública até ao próximo dia 10 de maio.

O projeto da empresa Cercal Power, S.A prevê a instalação de cinco centrais fotovoltaicas em áreas adjacentes, com a
partilha da linha elétrica de ligação à Rede Nacional de Transporte de Energia, cujo ponto de entrega da energia produzida será efetuado na subestação de Sines.

A Central, localizada a cerca de um quilómetro do Cercal do Alentejo, resulta da junção de cinco centrais, “com licença de produção já atribuída” pela Direção Geral de Energia e Geologia de acordo e o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do projeto está em consulta pública até dia 10 de maio, de acordo com o resumo não técnico consultado pelo jornal O Leme.

“A relocalização destas cinco centrais num único local deveu-se a questões técnicas, económicas e ambientais,
permitindo tirar sinergias pela utilização de infraestruturas comuns, como sejam a construção/utilização de uma única
subestação e uma única linha elétrica para escoar a energia produzida”, lê-se no documento.

O equipamento, que representa um investimento de 151,7 milhões de euros, irá ocupar uma área de 137, 05 hectares
onde serão instalados 553.722 módulos fotovoltaicos, com uma potência total de injeção de 223,6 MVA (megavolt-ampere) e irá produzir anualmente em média 596.

206 megawatts (Mwh)/ano. Já a LMAT, um investimento de 6,5 milhões de euros, terá uma extensão de cerca de 25,6 quilómetros, atravessando áreas das freguesias de Cercal e União das freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, no concelho de Santiago do Cacém, e num troço intermédio, atravessa uma área da
freguesia de Sines, no concelho de Sines.

É na subestação de Sines da REN que será feita a ligação à Rede de Transporte de Energia, indica o estudo que prevê que a construção da central e respetiva linha tenha um prazo de 12 meses.

Helga Nobre