“O Leme” foi conversar com David Gorgulho, Presidente da Junta de Freguesia de Santo André para sabermos como tomar algumas medidas dificeis para a freguesia e como os munícipes se adaptaram a algumas mudanças e comportamentos para combater a Pandemia do Covid19.
Foi difícil decidir adoptar algumas medidas preventivas devido à Pandemia, como serviços, encerramento de equipamentos, cancelamento de eventos,etc…
David Gorgulho – Sim, claro que sim. Ninguém estava preparado para um acontecimento desta natureza. Os planos de atividades e orçamentos estavam organizados, o plano de obras também e
no nosso caso em particular era inclusive o ano de maior ambição em termos de obra e de investimento da Junta neste mandato. Já estamos a reformular tudo e a adaptarmo-nos à situação, sempre com a segurança das pessoas e da população em primeiro lugar.
Sendo Santo André, uma freguesia urbana e rural, como tem sido acompanhar o problema do combate ao Covid 19 com a população nestes dois meios?
Para nós, seja em que situação for, temos sempre de conviver com essa dupla realidade, que nos coloca como uma freguesia com características muito especiais. Curiosamente, foi na cidade que
encontrámos mais problemas. Claro está que temos mais população na zona urbana, mas seria expectável que na zona rural tivéssemos mais solicitações, atendendo ao povoamento mais disperso e à idade mais avançada da maioria dos seus residentes. Mas a verdade é que veio ao de
cima a solidariedade entre familiares e vizinhos, tão característica destes meios mais pequenos, que nos deixou muito satisfeitos e confiantes quanto ao bem-estar dessas pessoas, sempre com o nosso complemento.
Como tem sido gerir o comportamento dos jovens que querendo utilizar equipamentos fechados… (skate park, fitness etc) não o podem fazer …
No início foi um pouco complicado, o que é natural, atendendo à irreverência e a alguma falta de
informação. Mas depois, como encerramento de todos os equipamentos, verificámos que também os jovens, na sua grande maioria, cumpriram o estipulado.
A Junta criou o programa “Santo André, União e Solidariedade”, como está a decorrer. Aderiram muitos voluntários a querer apoiar este trabalho. Já pode adiantar o número de pessoas idosas e de risco que têm ajudado?
Tem decorrido muito bem, agora já com menos intensidade, mas sempre com um rede de voluntários dedicada e em número superior até às necessidades. Ficámos muito orgulhosos com esta resposta. Não temos ainda as estatísticas, mas a verdade é que vamos tendo quase todos os dias situações novas para dar resposta, em particular no apoio alimentar, muito por causa de novas situações de desemprego.
Mensagem que quer deixar à população…
O fim do Estado de Emergência não significa o fim do estado de prudência. Temos que continuar a mantermo-nos seguros, a nós e aos outros, usar máscaras nos supermercados, em espaços fechados e em todos os locais que nos foram recomendados Pela Direção Geral da Saúde. Manter o distanciamento social e evitar aglomerados. Vamos continuar a ser um exemplo. Houve vários locais, que eram considerados exemplo, que depois de levantadas as medidas do Estado de
Emergência, acabaram por ter numa segunda fase vários casos positivos.
Vamos manter essa segurança, vamos manter essa confiança aqui entre nós, para que Santo André continue a ser um exemplo. Eu confio em vocês.