No passado dia 14 de novembro celebrou-se o V Dia mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco em 2017.
Abílio Raposo, diretor
Desde sempre a Igreja tem os pobres como aqueles que primeiramente devem receber a nossa atenção, por isso o Papa Francisco escreve em 2017: “Que este novo Dia Mundial se torne, pois, um forte apelo à nossa consciência crente, para ficarmos cada vez mais convictos de que partilhar com os pobres permite-nos compreender o Evangelho na sua verdade mais profunda.
Os pobres não são um problema: são um recurso de que lançar mão para acolher e viver a essência do Evangelho.” Para o crente esta palavra é para nós de suma importância. Sempre o pobre surge na Palavra de Jesus. Ele é caminho para a descoberta do outro, em que o pobre significa aquele meu irmão e meu próximo que precisa de mim.
Não é só o crente que é chamado a meditar neste tema da pobreza e na situação tão difícil que muitas pessoas vivem. O pobre não é só aquele que acredita em Deus, e que espera dele uma Palavra de consolação e de esperança, os pobres são todos os seres humanos que são privados dos bens mais essenciais para a vida neste mundo. Este ano o tema que o Papa Francisco nos propõe recorda-nos as Palavras de Jesus que diz que “Pobres sempre tereis entre vós”.
O que é uma realidade plena e cheia de sentido. Estas palavras devem estar sempre presentes em todos os planos e orçamentos que o Estado, as famílias e cada um de nós fizer em cada momento, e em cada ano. No dia em que fizermos um planeamento da nossa vida económica e não colocarmos alguns bens para colocarmos á disposição dos mais pobres, deixaremos de viver a humanidade em pleno.
A partilha com as pessoas, individualmente falando ou os grupos, é um grande momento para fazermos do outro o meu amigo e meu irmão. É sentir a presença sempre desafiadora do bem comum que eu partilho com os outros. É sentir-me presente e essencial para o Mundo crescer, na Paz e na Solidariedade. É sentir que a minha vida vale a pena ser vivida e renunciar ao egoísmo do ter e possuir.
Que possamos nas próximas semanas integrar movimentos de solidariedade e partilhar um pouco do que é meu com os outros que de mim necessitam.