Por João Madeira,
Francamente não sei onde fica o Monte das Orelhas. Melhor, na realidade nem sei se existe. nem é bem isso que interessa. Eu explico… a história que vou começar por contar baseia-se em factos, digamos que imaginários, em que qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência.
Imaginemos uma Assembleia Municipal, dessas descentralizadas numa freguesia, que uma qualquer Câmara Municipal gosta
de fazer de vez em quando, para depois concluir que tem preocupações descentralizadoras, ainda que não delegue competências significativas e assim mantenha a torneira fechada no financiamento às Juntas de Freguesia, onde algum deputado municipal da oposição levanta um assunto que, do seu ponto de vista, merecia ser resolvido.
A resposta do respectivo presidente de Câmara foi perguntar se o interpelador sabia onde ficava o local a que se referia. Sim,
porque ele conhecia, sabia, estava no terreno. A atitude é esclarecedora e, do meu ponto de vista, evidencia dois tiques muito
comuns na gente pouco comum guindada a posições autárquicas, legitimadas pelo voto popular, evidentemente.
O artigo completo pode ser lido na edição em papel de 06 de julho de 2017, n.º 696