Obesidade, uma doença social

Obesidade

A obesidade infantil é tema do dia, com os números a revelarem uma realidade alarmante. Paula (nome fictício), que aos 17 anos pesava 137 quilos, mostra que gordura em criança não desaparece por si. No Alentejo Litoral encontramos  mais casos de pré-obesidade mas é no Baixo Alentejo onde há mais casos de crianças obesas. As causas são a alimentação, a genética e o sedentarismo. Surgem iniciativas como “A minha lancheira” da ULSLA, criam-se grupos de trabalho e as escolas lançam projectos. A ADEXO critica a falta de políticas para resolver esta epidemia.

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Carlos Oliveira, presidente da ADEXO (associação de obesos e ex-obesos de Portugal), sublinha que a obesidade nem é infantil nem do adulto “a obesidade tem se ser vista de forma abrangente, porque se uma família tem maus princípios alimentares os adultos são gordos e as crianças também.” Por essa razão quando se fala em obesidade “o uso da designação infantil só torna mais grave a questão porque estamos a falar de crianças com doenças que antigamente só atingiam adultos com mais de quarenta anos como a diabetes.”

O Agrupamento de Escolas de Santo André no âmbito do controlo da obesidade tem vindo a desenvolver o programa “Fitnessgram”. Trata-se de um programa de Educação da Aptidão Física para a saúde, e destina-se às crianças e jovens do ensino básico e secundário com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos.

No Agrupamento de Escolas de Sines “não existem campanhas especificas a decorrer mas actividades no âmbito das temáticas”, revela a directora Bernardette Almeida. No entanto, as temáticas da obesidade e, consequentemente, da alimentação, são “abordadas nas disciplinas de estudo do meio, no 1º ciclo, e ciências, dos 2º e 3º ciclos”, acrescenta a responsável.

Para encontrar soluções e definir estratégias de combate foi criado um grupo de trabalho de combate à obesidade infantil no concelho de Santiago do Cacém.

Artigo completo na edição em papel de 05 de Fevereiro de 2015, n.º 640