Habitação: Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém apresenta preocupações à Ministra

O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, reuniu, dia 28 de fevereiro, com a Ministra da Habitação, Marina Gonçalves. O encontro foi marcado pelas preocupações apresentadas pelo autarca relativamente à falta de habitação no Concelho que não cobre as necessidades para quem quer arrendar ou comprar casa e a urgência de se encontrarem soluções perante o agravamento da situação com a chegada de novos trabalhadores para a plataforma industrial de Sines.

Por parte do Ministério a resposta dada não foi além das medidas já apresentadas pelo Governo para a habitação. A Autarquia apresentou, ainda, algumas propostas para colmatar o problema da pressão no arrendamento sentido no Concelho, que o Gabinete de Mariana Gonçalves ficou de analisar.

O Autarca explicou que “perante a pressão sentida no mercado de habitação fomos manifestar um conjunto de preocupações para que, entre a Administração Local e a Central, sejam definidas medidas.” Os grandes investimentos previstos para a plataforma industrial e portuária de Sines e os milhares de trabalhadores que vão chegar à região, são já motivo de apreensão. “Neste momento já estamos a sentir essa pressão no mercado de arrendamento, que tem como principal reflexo a especulação dos preços,” salientou Álvaro Beijinha. “O problema, decerto, irá agudizar-se quando as obras começaram. Porque, a grande questão é onde vão ficar instalados esses trabalhadores.” Perante este cenário “manifestámos à Ministra da Habitação a necessidade de acautelar a situação e encontrar soluções.”

Outro dos assuntos abordados foi o da habitação permanente, “queremos saber que soluções o Governo tem para responder a este problema, que sabemos não é exclusivo nosso, mas que se faz sentir de forma mais acentuada no Município.”  Como resposta a Ministra, Mariana Gonçalves, apresentou também e apenas as medidas que o Governo aprovou para o setor. Relativamente à matéria da habitação para acolher os trabalhadores não sentimos que haja qualquer solução. Entretanto, colocámos algumas hipóteses em cima da mesa que a equipa do Ministério da Habitação ficou de estudar.”

Quanto à estratégia desenvolvida pela Câmara Municipal “temos preconizado um conjunto de medidas para minimizar este problema. Destaco a Estratégia Local de Habitação, que já assinámos com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e estamos a trabalhar nos projetos. Temos cedido terrenos para a construção de habitações a custos controlados à Cooperativa ChesAndré”. Para Álvaro Beijinha a resolução dos problemas de habitação no Concelho passa “por uma relação muito estreita com a Administração Central, porque nós, autarquia, não temos meios financeiros para dar uma reposta a este problema,” concluiu.